Doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência

 

7 principais infecções sexualmente transmissíveis (DST's)


As infecções sexualmente transmissíveis, que anteriormente eram conhecidas por DST's, como a gonorreia ou a AIDS, podem surgir quando se tem relações sexuais sem preservativo, seja através do contato íntimo vaginal, anal ou oral, afetando igualmente homens e mulheres de todas as idades.

As chances de pegar uma infecção sexualmente transmissível é maior quando, além de não se utilizar o preservativo, se tem vários parceiros ou se tem relações com pessoas desconhecidas.

Geralmente, estas infecções causam sintomas que afetam os órgãos genitais, como dor, vermelhidão, pequenas feridas, corrimento, inchaço, dificuldade para urinar ou dor durante a relação sexual e, para identificar a doença correta, é necessário ir no ginecologista ou urologista, para fazer exames específicos.

7 principais infecções sexualmente transmissíveis (DST's)

1. Clamídia

A clamídia pode causar sintomas como corrimento amarelado e espesso, vermelhidão nos órgãos genitais, dor na pélvis e durante o contato íntimo, porém em muitos casos a doença não causa sintomas e a infecção passa despercebida.

A doença, que é causada por uma bactéria, pode ser causada por contato íntimo desprotegido ou através do compartilhamento de brinquedos sexuais, por exemplo.

2. Gonorreia

A gonorreia, é uma doença causada por bactérias, também conhecida como esquentamento, que pode surgir em homens e mulheres e, é transmitida por contato íntimo desprotegido ou através do compartilhamento de brinquedos sexuais.

A bactéria, pode causar dor ao urinar, corrimento amarelado semelhante a pus, hemorragia vaginal fora da menstruação, dor abdominal, bolinhas vermelhas na boca ou dor durante o contato íntimo, por exemplo.

Como tratar: o tratamento deve ser feito com o uso de Ceftriaxona e Azitromicina, de acordo com a recomendação do médico, e, caso não seja feito pode afetar as articulações e o sangue, podendo por em risco a vida.

3. HPV - Verrugas genitais

Esta infecção é causada pelo vírus do papiloma humano (HPV), que leva ao crescimento de lesões na pele dos órgãos genitais de homens ou mulheres que podem ter textura suave ou rugosa, cor que varia com o tom de pele e não causam dor mas são contagiosas.

Como tratar: as verrugas genitais não têm cura, pois o vírus do HPV permanece adormecido no corpo, porém existe tratamento com a aplicação de pomadas como Aldara ou Wartec sobre as verrugas. As crises podem surgir devido ao consumo excessivo de álcool, cansaço elevado e estresse, por exemplo.

4. Herpes genital

O herpes genital é uma doença facilmente transmissível, causada pelo vírus do herpes genital e provoca pequenas bolinhas vermelhas na pele muito próximas umas das outras, contendo um líquido rico em vírus, de cor amarelada e com vermelhidão ao redor que causa coceira, afetando principalmente as coxas, anus e órgãos genitais. Além disso, podem causar febre e dor ao urinar e corrimento no caso da mulher.

Como tratar: o tratamento deve ser feito com remédios como Aciclovir, Valaciclovir ou Famciclovir, ajudando a diminuir o desconforto causado pelos sintomas, pois a infecção não tem cura e os sintomas podem demorar até 20 dias a desaparecer.

5. Tricomoníase

A tricomoníase é causada por um parasita que causa sintomas como corrimento acinzentado ou verde-amarelado e espumoso com mau cheiro forte e desagradável, além de que poder causar vermelhidão, coceira intensa e inchaço dos órgãos genitais. 

A infecção é pouco comum e também pode ser transmitida pelo compartilhamento de toalhas úmidas, banho ou uso de jacuzzi e o tratamento é feito com a toma de Metronidazol.

Como tratar: geralmente o tratamento desta infecção é feito com o uso de antibióticos, como Metronidazol ou Tioconazol, por 5 a 7 dias. Caso o tratamento não seja feito, há maiores chances de desenvolver outras infecções, ter um parto prematuro ou desenvolver prostatite.

6. Sífilis

A sífilis é uma doença que provoca feridas e manchas vermelhas nas mãos e pés que não sangram nem causam dor, além de poder provocar cegueira, paralisia e problemas cardíacos, sendo que a transmissão também se dá por transfusão de sangue contaminado e compartilhando seringas ou agulhas e, os primeiros sintomas surgem 3 e 12 semanas após o contágio.

Como tratar: o tratamento é feito com remédios como Penicilina G ou eritromicina e, quando feito corretamente existem chances de cura.

7. AIDS

A AIDS provoca sintomas como febre, suores, dor de cabeça, sensibilidade à luz, dor de garganta, vômitos e diarreia e a doença não tem cura, apenas tratamento para diminuir os sintomas e aumentar o tempo e qualidade de vida.

Como tratar: o tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais, como Zidovudina ou Lamivudina, por exemplo, que são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imune, mas não curam a doença.



gravidez na adolescência é considerada a que ocorre entre os 10 e 20 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Apontada como uma gestação de alto risco decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém nascido, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.

O Brasil apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. Porém, o Ministério da Saúde indica que houve uma redução de 17% no número de mães entre 10 e 19 anos, no período de 2004 a 2015.

Gravidez precoce

gravidez na adolescência
A gravidez na adolescência ocorre em um momento de intensas mudanças corporais

A adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de independência pela vida.

A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas.

Veja alguns dados sobre a gravidez na adolescência no Brasil e ao redor do mundo:

  • 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano ao redor do mundo, das quais 2 milhões são menores de 15 anos;
  • no ano de 2010 um relatório divulgado por um órgão ligado à ONU indica que 12% das adolescentes entre 15 e 19 anos tinham pelo menos um filho;
  • o Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, sendo que cerca de 300 mil crianças nascem de mães nessa faixa etária;
  • em pesquisa realizada pela ONU, o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos.

Consequências e riscos

gravidez na adolescência - riscos
Gravidez na adolescência: riscos e consequências

A gravidez na adolescência pode trazer consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho.

A maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares.

Esse fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança.

Além disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes.

A situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da amamentação e sobre a vacinação da criança.

Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma das principais causas de morte materna.

Essas ações acarretam prejuízos às crianças, gerando um impacto na saúde pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da gestante.

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