Reprodução e desenvolvimento

 As duas grandes categorias que agrupam os tipos de reprodução existentes são: reprodução sexuada e reprodução assexuada. A reprodução é fundamental para a preservação e continuidade das espécies, pois através dela as informações genéticas dos organismos preexistentes são transmitidas aos organismos criados.

As principais diferenças entre os métodos de reprodução são:

  • A reprodução assexuada é geralmente mais simples e mais rápida que a reprodução sexuada.
  • A reprodução assexuada envolve apenas um membro da espécie, enquanto a reprodução sexuada é realizada por dois progenitores.
  • A reprodução assexuada forma organismos geneticamente idênticos, enquanto na reprodução sexuada ocorre recombinação gênica.
  • A reprodução sexuada produz variabilidade genética, ao contrário da reprodução assexuada que produz clones.

Reprodução assexuada


Na reprodução assexuada organismo se reproduz sem receber células de outro indivíduo da espécie.

Nesse tipo de criação de novos indivíduos ocorre o desprendimento de uma ou mais células de um ser gerador para dar origem a outro. Portanto, surgem organismos geneticamente idênticos.

Os quatro principais tipos de reprodução assexuada são: divisão binária, fragmentação, esporulação e brotamento.

Divisão binária, cissiparidade ou bipartição: neste tipo de reprodução, comum em bactérias e protozoários, o organismo progenitor divide-se ao meio e gera novos indivíduos. Com isso, ele deixe de existir ao surgir seus descendentes.

Reprodução sexuada


A reprodução sexuada ocorre através da união dos gametas masculino e feminino. Esse tipo de reprodução é característica de animais, plantas, algas e fungos.

Os gametas são células sexuais especializadas, que carregam as características genéticas que os descendentes herdarão. Essas informações estão dentro dos cromossomos, localizados no núcleo das células.

Por exemplo, os gametas presentes nos animais são chamados de espermatozoides (masculino) e óvulos (feminino). Nas plantas, essas células recebem o nome de anterozoides (masculino) e oosferas (plantas).

Como ocorre a reprodução sexuada?

A reprodução sexuada é dividida em duas etapas: produção dos gametas e fecundação.

Produção de gametas

gametogênese é o processo de formação dos gametas, que nos animais machos é chamada de espermatogênese e nas fêmeas de ovogênese (ou ovulogênese).

A divisão celular é que dá origem às células sexuais, por meio da mitose, que produz células idênticas à célula-mãe ou meiose, com metade dos cromossomos da célula-mãe.

Nos seres humanos, o sistema reprodutor masculino produz os gametas nos testículos, enquanto que o sistema reprodutor feminino produz as células nos ovários.

Fecundação

fecundação ou fertilização é o processo de união dos gametas masculino e feminino. Nessa etapa forma-se o zigoto, também chamado de célula-ovo, que dará origem a um novo ser.

Nos humanos, o zigoto apresenta 46 cromossomos, 23 herdados da sua mãe e 23 do seu pai. Com isso, os descendentes apresentam semelhanças aos seus progenitores, mas não são idênticos.

A fecundação pode ser interna, quando os gametas masculinos são depositados no interior do organismo feminino, ou externa, que consiste na fecundação fora do corpo.

Nos animais, a fecundação interna pode ser observada nos seres humanos e a fecundação externa em peixes e sapos, pois são espécies que liberam seus gametas no ambiente.


Desenvolvimento direto e indireto

Podemos classificar o desenvolvimento dos animais em direto e indireto. Nesse último caso, está relacionado aos processos de metamorfose.
As borboletas possuem um desenvolvimento indireto
As borboletas possuem um desenvolvimento indireto

No nascimento, alguns organismos são bem diferentes de um organismo adulto da mesma espécie. Outros, no entanto, são bem semelhantes. borboleta, por exemplo, possui uma fase de larva, a lagarta, que apresenta características muito diferentes do seu estágio de vida, o que pode levar a pensar tratar-se de espécies diferentes. Os seres humanos, por sua vez, já nascem com características que permitem identificar o bebê como sendo um humano.

A forma como o indivíduo é ao nascer em comparação ao indivíduo adulto permite identificar dois tipos de desenvolvimento: o direto e o indireto.

Desenvolvimento direto


O desenvolvimento direto é aquele observado em aves e mamíferos, como o homem. Nesse desenvolvimento, o indivíduo já é bastante semelhante a um exemplar adulto e apresenta sempre a mesma organização corpórea, isto é, o jovem apenas cresce e desenvolve-se até chegar à fase adulta, não sofrendo nenhuma modificação extrema.

Desenvolvimento indireto


Durante esse desenvolvimento, observa-se uma mudança mais acentuada na aparência do organismo. Essas modificações são chamadas de metamorfose e são essenciais para o indivíduo tornar-se um adulto.

A borboleta, por exemplo, é um organismo com desenvolvimento indireto. Ao observar o ciclo de vida desses animais, percebemos que há uma fase inicial de ovo. Em seguida, desse ovo eclode uma lagarta, que, então, entra em uma fase de pupa até que o desenvolvimento seja completado e seja liberada uma borboleta. Nesse desenvolvimento, percebem-se mudanças drásticas na aparência e até mesmo nos hábitos do animal, uma vez que a lagarta alimenta-se de folhas e a borboleta adulta alimenta-se do néctar das flores. Nesse caso, trata-se de um desenvolvimento indireto.

Desenvolvimento dos insetos



Os insetos podem ser classificados, de acordo com seu desenvolvimento, em ametábolos e metábolos. Os insetos ametábolos são aqueles que possuem desenvolvimento direto, tais como as traças, que apenas aumentam de tamanho.

Os insetos metábolos são aqueles que sofrem metamorfose, ou seja, ocorrem modificações consideráveis na organização corpórea desses organismos. Esses insetos podem ser ainda hemimetábolos ou holometábolos. Os hemimetábolos referem-se aos organismos que já apresentam certa semelhança nos estágios iniciais de desenvolvimento, que são chamados de ninfa. Nesse caso, ocorre uma metamorfose incompleta, pois as mudanças são poucas e de maneira gradativa. Um exemplo de inseto hemimetábolo é o gafanhoto, que, no estágio de ninfa, apresenta-se sem asas e, no estágio adulto, já possui essa estrutura.

Os insetos holometábolos, por sua vez, são aqueles com metamorfose completa, na qual o inseto é submetido a grandes modificações durante o seu desenvolvimento. Um exemplo é a borboleta, que possui fase de ovo, larva, pupa e adulto.

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